Março Azul: Hospital Azambuja faz alerta sobre câncer de intestino

Instituição se une a entidades de todo o país na campanha Março Azul que visa a conscientização da população sobre o câncer colorretal, que atinge 40 mil brasileiros ao ano

O Hospital Azambuja faz um alerta, neste mês de março, para os casos de câncer de intestino. A instituição se une a várias entidades e médicos de todo o país, na campanha Março Azul, que tem por objetivo chamar atenção da população sobre o câncer de intestino, uma doença que atinge 40 mil brasileiros por ano, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Durante todo o mês, diversas informações e ações ocorrerão em todo o país, focadas em esclarecer os fatores de risco e alertar para os sintomas, pois o diagnóstico precoce oferece até 90% de chance de cura da doença.  

A força-tarefa é composta por integrantes da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG).  Juntas, unem esforços para alertar a população, pois, com o envelhecimento, estima-se um aumento do número de mortalidade até 2025, sendo o de intestino o terceiro tipo de câncer que mais mata no Brasil, conforme registros do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Segundo o médico coloproctologista Dr. Paulo Enrique Z. Coppini, do Hospital Azambuja, flyers a respeito dos exames preventivos e banners da Campanha Março Azul, estão sendo divulgados na instituição, junto aos pacientes e demais pessoas que transitam pelo local. “Especialmente no Espaço Gastro do Hospital Azambuja, temos alertado muito os pacientes sobre os exames preventivos e a importância da realização dos mesmos no combate a esta doença. Quanto mais cedo o diagnóstico, maior chance de sucesso teremos no tratamento”, alerta.

Atualmente, de acordo com a Sobed, a chance de uma pessoa desenvolver a doença é da ordem de 4,3%, porém um dado é preocupante: 85% dos casos são diagnosticados em fase avançada, quando a chance de cura é menor. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental.  “O câncer de intestino ou colorretal é um tipo de câncer prevenível, porque a gente consegue detectar lesões pré-cancerosas, os pólipos, que são retirados para não evoluiu para um câncer”, explica o médico endoscopista, gastroentorologista e atual presidente da Sobed-SC, Cesar Lazzarotto.  

A campanha Março Azul é focada no cidadão, mas também visa sensibilizar profissionais da saúde, gestores públicos e tomadores de decisão sobre os riscos relacionados a essa doença e a necessidade de se facilitar o acesso ao diagnóstico e tratamento precoces para reduzir indicadores. Essa meta deve unir o sistema de saúde e entidades de especialidades médicas, com foco na qualidade de vida e saúde da população brasileira.

Espaço Gastro – diagnóstico e tratamento

O Hospital Azambuja conta com uma clínica dedicada à realização de procedimentos de colonoscopia e endoscopia, o Espaço Gastro. Com médicos especializados, a clínica possui uma estrutura que oferece um ambiente confortável aos pacientes, o que resulta em mais tranquilidade ao se preparar para passar pelos procedimentos. Aliado a isso, o Espaço Gastro tem uma série de equipamentos tecnológicos, para melhor diagnóstico médico.

Há dois exames capazes de detectar precocemente os tumores de intestino. O Teste FIT é capaz de apontar sangue nas fezes, mesmo oculto a olho nu. Já a Colonoscopia permite ao médico enxergar o interior do intestino e seu funcionamento. O exame pode ser realizado no Espaço Gastro do Hospital Azambuja. Ao ser diagnosticado com câncer de intestino, o médico poderá recomendar o melhor tratamento para o caso, pois poderá incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia biológica.

E mesmo após a cura, é feito um rigoroso acompanhamento com consultas e exames para evitar ou detectar um possível retorno do câncer. O monitoramento é imprescindível para identificar o reaparecimento da doença (recidiva) de forma precoce.

Doença

O câncer de intestino também é conhecido como câncer colorretal, porque engloba os tumores surgidos no intestino grosso – chamado cólon e reto, e localizado no final do intestino – e no ânus. Alguns fatores de risco estão associados à doença, em sua maioria, relacionadas à alimentação, como o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas, o baixo consumo de cálcio e a obesidade.

Fumar, consumir bebidas alcoólicas e histórico familiar de câncer, além de ter uma vida sedentária, são fatores de risco que podem contribuir para o aparecimento de tumores. O histórico familiar também é importante, pois há um fator de risco hereditário.

Alguns sinais precisam ser observados, principalmente em homens ou mulheres com mais de 45 anos. Pacientes relatam como sintomas a perda de peso sem mudanças na dieta alimentar, diarreia ou prisão de ventre frequentes, sangue nas fezes, gases ou cólicas, vômitos e náuseas, dores na região anal ou sensação de intestino cheio mesmo após evacuação. Diante dessas situações é recomendável procurar avaliação médica com brevidade.

Saiba Mais

O câncer de intestino engloba os tumores surgidos na parte do intestino grosso chamada cólon e reto (localizada no final do intestino, antes do ânus) e no ânus;

O câncer de intestino é o terceiro que mais mata no País;

Hoje, a chance de uma pessoa desenvolver a doença é da ordem de 4,3%;

O diagnóstico precoce oferece até 90% de chance de cura;

85% dos casos são diagnosticados em fase avançada, quando a chance de cura é menor;

O câncer de intestino é mais comum em homens e mulheres com mais de 45 anos ou em pessoas que tenham casos na família;

No Brasil, o câncer de intestino atinge mais de 40 mil pessoas por ano;

O Instituto Nacional do Câncer estima 45.630 novos casos no Brasil para o triênio de 2023 a 2025;

Segundo o Inca, o risco estimado é de 21,10 casos por 100 mil habitantes, sendo 21.970 entre homens e 23.660 casos entre mulheres;

Em 2020, o câncer de intestino matou 20.245 pessoas, ou 9,56 por 100 mil, sendo 9.889 óbitos entre homens (9,55 mortes por 100 mil homens) e 10.356 óbitos entre mulheres (9,57 mortes por 100 mil mulheres).

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