Publicado em 01/11/2017
Desde que foi anunciado, na semana passada, que o Hospital Azambuja poderia não atender mais os pacientes do Sistema Ùnico de Saúde (SUS) , caso não houvesse aumento no atual repasse que a prefeitura faz a unidade, iniciou uma série de negociações entre as lideranças e, na tarde de ontem (31), durante uma coletiva de imprensa, foi anunciada assinatura de um acordo entre as partes. Participaram do encontro, o administrador do Hospital Azambuja, Fabiano Amorim; o vice-diretor do hospital Gilberto Bastiani; o prefeito de Brusque, Jonas Paegle; o vice-prefeito, Ari Vequi; o Secretário da Saúde, Humberto Fornari; vereadores e imprensa.
Segundo ficou acordado, a Câmara de vereadores fará um repasse de R$ 200 mil à prefeitura, valor que corresponde a uma parte das “sobras” que o legislativo já devolve anualmente para a administração municipal. Este valor representa um aumento de 5,19%, que vale até março, a partir daí a prefeitura se comprometeu a garantir novo reajuste, equilibrado com os valores que os servidores receberão. “Não era exatamente o valor que pleiteamos, mas conseguimos ampliar alguns serviços que são fundamentais para o hospital e a prefeitura vai nos ajudar”, declarou Amorim.
Atualmente, a prefeitura repassa para o Hospital Azambuja R$ 514 mil mensais, com o aumento de 5,19 % este valor pode chegar à R$ 540 mil e aumentar ainda mais, com a realização de alguns exames determinados, como tomografias, raio x, entre outros.
O prefeito de Brusque, que é médico, participou diretamente das negociações e garante que a solução encontrada é a mais viável no momento. “Tinha plena ciência que chegaríamos a uma solução que não prejudicasse a população. Como médico, trabalhei 45 anos no Hospital Azambuja e sei como funciona toda a estrutura do hospital. Por isso, nos empenhamos para buscar uma solução, que só foi possível junto com o apoio da Câmara de Vereadores”, destaca.
Segundo o administrador do hospital, “o objetivo sempre foi a população. Desta maneira sempre apostamos em um acordo, com percentual de reajuste agora e mais tarde, para que não deixássemos de atender a comunidade”.
APOIO DE OUTRAS CIDADES
Durante as negociações, os prefeitos de Guabiruba, Matias Kohler, e de Botuverá, Neni Colombi também estiveram presentes, pois os moradores destas cidades também são atendidos no Azambuja. Conforme definido na coletiva, os prefeitos devem contribuir com a unidade hospitalar, mas os valores ainda não acertados.