Notícia / CENTRO DE ESTUDOS MÉDICOS DISCUTIU O TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA
Publicado em 17/11/2015
CENTRO DE ESTUDOS MÉDICOS DISCUTIU O TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA
A prevenção do câncer de mama foi o tema da última reunião do Centro de Estudos Médicos do Hospital Azambuja. Além da apresentação do diretor administrativo do hospital, Fabiano Amorim, o encontro contou com a palestra do mastologista Marco Antônio Cortelazzo, que é doutor e mestre em oncologia pela FMUSP, especialista em mastologia e em Cirurgia Oncológica, mastologista concursado da Secretaria de Saúde Brusque e médico do corpo clínico do Hospital Azambuja.
O câncer de mama é a maior causa de câncer entre as mulheres e também a que mais mata, incidindo cerca de 100 vezes mais em relação aos homens. Ainda não se sabe qual a causa específica para o aparecimento do câncer de mama, mas há estudos que apontam alguns “fatores de risco” para o seu desenvolvimento, onde cerca de até 10% estão relacionados a fatores genéticos (muitas vezes acometendo vários familiares como mãe, irmãos, filhos, tios, portadores de câncer de mama e/ou de ovários entre outros), mas a maioria restante (90%) é adquirida através de maus hábitos (alimentação, alcoolismo, tabagismo, vida sedentária, stress...) e de fatores hormonais que podem incluir menstruação antes dos 12 anos, menopausa após os 55 anos, gravidez após os 30 anos, obesidade uso de anticoncepcionais e de reposição hormonal e do surgimento de tecido ou nódulos contendo células atípicas.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, a mamografia deva ser feita anualmente a partir dos 40 anos, pois se consegue descobrir alterações que ainda nem são palpáveis, sendo maiores as chances de cura. Dependendo dos fatores de risco, como nos casos de alterações genéticas hereditárias, por exemplo, pode ser necessário realizar exames em faixas etárias bem mais precoces e/ou com maior freqüência. “O diagnóstico e tratamento do câncer de mama é multidisciplinar envolvendo várias áreas da medicina como a mastologia, a radioterapia, a clínica oncológica, a patologia, a radiologia, a genética entre outras e multiprofissional, pois envolve vários profissionais como fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, enfermeiros, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, entre outros”, relata o médico.
Ainda segundo o Dr. Cortelazzo, nos últimos anos ocorreram grandes evoluções no diagnóstico e no tratamento do câncer de mama, com a descoberta de exames que caracterizam melhor o tumor e possibilitam tratamentos mais específicos, com o uso de drogas que matam especificamente o tumor, além dos avanços nos medicamentos, seja na quimioterapia, na hormonioterapia ou nas chamadas terapias alvo (drogas que matam diretamente o câncer). Na cirurgia, já é possível evitar a retirada total da mama e muitas vezes dos linfonodos (ínguas) das axilas, sem que isto aumente a mortalidade e melhorando muito a auto-estima e a qualidade de vida do paciente. “Vale destacar ainda, as diversas técnicas de plástica reconstrutora (oncoplástica) que podem incluir o uso de tecidos do próprio corpo e até o uso de próteses de silicone para reestabelecer a identidade feminina, diminuindo os efeitos colaterais físicos, psicológicos e sociais que a doença pode causar, porém o apoio da família, dos amigos e a fé, são fundamentais para a paciente possa vencer o câncer”, lembra o mastologista.
LEGENDA DAS FOTOS:
FOTO 1 e 2 – Palestra Dr Marco Antônio Cortelazzo no Hospital Azambuja abordou o câncer de mama.
Foto médicos: O radiologista Gustavo Gunz Correia entrega certificado de participação ao mastologista Dr. Cortelazzo.